RESENHA – MENTES SOMBRIAS

Título original: The Darkest Minds
Autor (a): Alexandra Bracken
Editora Intrínseca, 2018
Classificação: ★★★

Primeiro, quero dizer a ideia da história é incrível. Não dei 3 estrelas pela trama ser ruim, vou explicar o motivo mais à frente. Dito isso, vamos a uma pequena sinopse da história.

“Poderes que desafiam a lógica. Habilidades tão incomuns que médicos e cientistas reclassificaram toda uma geração. Eles não são mais humanos. Suas mentes romperam essa barreira.”

Alexandra Bracken

Ruby foi uma das poucas crianças que sobreviveram a uma doença que dizimou boa parte da população jovem dos EUA, essa doença era chamada de Niaa (Neurodegeneração idiopática adolescente aguda). Aqueles que sobreviveram adquiriram habilidades psíquicas consideradas assustadoras. No dia do seu aniversário de 10 anos, algo estranhou aconteceu e ela foi enviada para um acampamento de reabilitação que segue diretrizes brutais do governo vigente. Seis anos depois, ela consegue sair do acampamento e conhece mais pessoas como ela, outros adolescentes que vieram de outros acampamentos.

Gosto da personagem que é a Ruby. Gosto da forma que ela pensa e da habilidade que ela adquiriu depois da doença, mas a história acontece quando ela tem 16 anos, então, em alguns momentos me senti incomodada com certas cenas, mas nada que atrapalhava a história, é mais questão de gosto pessoal. Outra coisa sobre os personagens, adorei todos e suas personalidades.

A ideia da trama é muito interessante. Usar a questão cientifica como uma explicação para as coisas estranhas que acontecem, eu amei. Cada adolescente tem um poder diferente e para cada poder, uma cor diferente: Azul, verde, laranja, amarelo e vermelho. Alguns deles ficaram bem claros durante a história, já outros não. Não sei se eu que não entendi e perdi o momento em que explicava isso ou se não falou, mas eu terminei de ler o livro sem saber o que os verdes e os vermelhos faziam exatamente. Isso pecou um pouco na minha opinião.

Outra coisa, foi o antagonista da história. Na metade do livro eu já sabia quem era. Quando foi dito, eu não me surpreendi. Não teve aquele impacto de “Oh, eu não acredito que era ele.”. Entendo o motivo da escolha do antagonista e ele é extremamente perturbar, a forma de pensar. Estava bem estruturado, isso eu não nego, quase quis acreditar no que ele fazia.

A história é muito boa e flui, mas esses pontos citados me deixaram um pouco triste. Pode ser que outras pessoas não tenham sentido a mesma coisa que eu, mas para mim faltou um pouco nesses pontos. Se eu recomendo? Sim. Eu nunca vou dizer que não se deve ler uma história porque não gostei, pode ser que você goste. Então, sim, espero que mais pessoas leiam e que possamos comentar sobre.
Um abraço!

“ — (…) Acho que um dos sentimentos mais frustrantes do mundo é ter algo a dizer e não encontrar as palavras certas. Não saber como falar sobre algo que enfrentamos antes que aquilo comece a nos corroer por dentro.”

Alexandra Bracken