[ RESENHA ] SOB A LUZ DA LUA – ANDREA CREMER

RESENHA – SOB A LUZ DA LUA

Título original: Nightshade
Autor (a): Andrea Cremer
Editora Galera Record, 2011
Classificação: ★★★★★

Mais uma história de fantasia com feiticeiros, magia, lobos e muito romance.

Sob a Luz da Lua, foi um livro que eu li sem muitas expectativas. No começo, fiquei confusa com a forma da narrativa, mas à medida em que fui virando as páginas e conhecendo a história, tudo mudou.

“Ela pode controlar seus lobos, mas não seu coração”
Andrea Cremer

Sinopse:

No primeiro livro da trilogia Nightshade, conta a história da Calla Thor, que desde o dia em que nasceu já tinha seu destino pré-definido. Depois de terminar a escola, ela deveria ser unir a Ren Laroche, porém, nenhum dos dois são pessoas normais. Calla e Ren são matade lobos e alfas, ela é responsável pela matilha Nightshade e ele pelos Bane. Ambos devem priorizar o bem-estar e a segurança dos outros integrantes e devem obediência aso Defensores, feiticeiros que vigiam tanto os humanos quanto os lobisomens há anos. Tudo estava indo bem até Calla desrespeitar as regras impostas por seus mestres e começar a duvidar de todas as histórias que lhe foram contadas.

A história da Calla para mim é bastante intrigante. Mesmo sendo uma alfa, sendo a líder de todo um grupo de jovens lobos essa união com a outra matilha meio que tira esse poder dela, afinal, ao casar-se com um alfa macho, ela deve aceitar e se submeter ao que Ren disser. Ou seja, ela perde a voz que tinha. Para quem lê, vê o quão ridículo é essa forma de pensar e me deixou muito agoniada, principalmente, porque a Calla não pode simplesmente discordar. Ela repete frases feitas quase o tempo todo, e isso me fez perceber que ela não gostava do que era imposto, mas por fora ela se esforçava ao máximo para acreditar. Sabe aquela coisa de quanto mais você diz que brócolis é pizza até você comer e sentir o gosto do que quer? Então, é mais ou menos isso.

Toda a narrativa mostra o quão ela quer fazer coisas que lhe são negadas por besteiras, devo dizer. Uma urgência crescente de quebrar as regras e fazer as coisas como ela gostaria, mas por medo do que pode acontecer a sua família e seus companheiros de matilha, sempre a deixam com um pé atrás.

A parte interessante da história vem quando ela salva um humano na floresta (uma regra quebrada), e no dia seguinte ele aparece na sua escola. Calla começa a sentir algo por Shay, nosso humano em apuros, e esse sentimento a assusta, porque nunca soube o que realmente era aquilo. O romance entre os dois é tão casual e tão natural, que você nem sente quando lê. Ao contrário, de quando Ren tenta conquistar Calla. Não que seja ruim, mas a possessividade sempre fala mais alta e eu não acho que isso seja uma boa coisa para um relacionamento.

No fim, as coisas saem um pouco do controle com a quantidade de regras que Calla quebrou do começo ao fim da história. Cheguei a pensar até que ela não ficaria viva para contar o resto, já que qualquer coisa para os Defensores é pena de morte.

Com a narrativa simples, uma história intensa, em um instante você se vê imerso para saber mais e continuar a desvendar os mistérios que se assolam entre os lobisomens e suas leis. É um livro bom, tenho que dizer.