RESENHA: A NOITE DAS BRUXAS – Agatha Christie

FICHA TÉCNICA:

Autora: Agatha Christie
Ano de publicação: 1969
Editora: HarperCollins
Tradução: Bruna Beber
Tempo de leitura: 31/12/2021 a 02/01/2022
Minha classificação: 4/5

Depois que descobri os livros da Agatha Christie, foi impossível não me apaixonar e querer conhecer mais das suas histórias. Dos livros que li, me apeguei muito àqueles em que Hercule Poirot está presente. Mas vou falar sobre o personagem mais para frente, agora, quero fazer uma introdução ao livro.

“— A gente pensa que sabe, mas na realidade não sabe de nada.”

Nesse livro temos alguns elementos interessantes. A história se passa em uma cidade pequena onde em uma festa do dia das bruxas organizada por Mrs. Ariadne Oliver, Joyce, uma adolescente com um costume de mentir para chamar atenção, conta para quem pudesse ouvir que uma vez tinha testemunhado um assassinato. Como todo mundo sabia das suas mentiras, ninguém acreditou que ela estivesse falando a verdade, porém, poucas horas depois, seu corpo é encontrado afogado ao lado de uma bacia cheia de maçãs. E com esse mistério ocupando espaço na mente dos moradores da cidade, Ariadne Oliver pede ajuda a única pessoa que ela conhece e considera capaz de desvendar o mistério, nosso amado detetive Hercule Poirot. “A noite das bruxas”, foi publicado originalmente em 1969 e é o 60º romance da autora.

Quando vi que estaria acompanhando o detetive nesse livro, fiquei animada para ler. Gosto do jeito excêntrico e cheio de mistérios que ele resolve os casos, sempre fazendo perguntas que algumas pessoas podem considerar estranhas ou até fora de contexto, mas que para ele tem um objetivo e um motivo para questionar. A forma que ele observa as pessoas, os detalhes que passam despercebidos por todas as outras pessoas inseridas no meio. É por isso que gosto demais de livros com ele.

A forma com que o detetive conduz a narrativa dita praticamente o andamento do livro. Desde o momento em que ele chega, a forma com que a autora cria um ambiente onde é possível sentir que todas as pessoas que são consideradas suspeitas estão tão nervosas e ansiosas para acabarem com aquele mistério. Os elementos investigativos nesse livro são fortes, e claro, fazem parte do que é ser um livro do gênero de mistério, mas por um lado, enquanto em outras histórias da Agatha o detetive usa mais habilidades que vieram com a experiência e observação, nesse livro temos a utilização de interrogatórios como forma principal de fonte de pistas.

Sabemos que cidades pequenas sempre são movidas a fofocas e ao fato de que todo mundo conhece todo mundo. Nesse livro, não é diferente. Todo mundo sabe sobre os podres dos outros moradores, sempre rolam fofocas por aí e nessa questão que os personagens da cidade se envolvem e ajudam na resolução do assassinato. O disse me disse sempre fazendo parte quando o assunto são cidades do interior.

O fim, não posso negar que acabou sendo o mais do mesmo. Motivações e quem participou, tudo muito parecido com muitas outras histórias de mistério, mas é claro que isso não é algo negativo. Como alguém disso por aí, clichês são clichês porque dão certo. E nesse caso, fez total sentido no fim das contas.

Deixe um comentário